Na tarde de 17 de fevereiro de 2025, policiais civis de São Paulo se reuniram no Largo São Francisco para um ato público em defesa da valorização da categoria. A mobilização, organizada pelo Fórum Resiste PC-SP, surgiu em meio a um clima de insatisfação após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) privilegiar militares em discussões sobre a revisão da lei orgânica da Polícia Civil.
Contexto do Desgaste
O descontentamento entre os policiais civis se intensificou quando Tarcísio formou um grupo de trabalho para discutir a regulamentação da Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, sem incluir adequadamente a participação da Polícia Civil. O evento contou com a presença de líderes de associações e sindicatos que representam diversas carreiras da corporação, como delegados, investigadores e escrivães.
O delegado André Pereira, coordenador do Fórum Resiste PC-SP, pediu um diálogo construtivo com o governo, enfatizando a importância de serem ouvidos nas discussões sobre a revisão da lei, que atualmente é baseada em uma legislação em vigor desde 1979.
Reivindicações dos Policiais Civis
Os policiais civis não apenas exigem uma participação direta na revisão da lei, mas também reivindicam melhorias nas condições de trabalho, incluindo:
- Reajuste Salarial: Os salários dos policiais civis estão abaixo dos de outras corporações em diversos estados.
- Regulamentação da Carga Horária: Muitos policiais realizam horas extras sem a devida remuneração.
- Reformulação dos Planos de Carreira: Para garantir promoções mais justas e rápidas.
- Criação de um Fundo Especial da Polícia Civil: Para assegurar investimentos e valorização da corporação.
Críticas e Mobilização
Durante o ato, parlamentares ligados à Polícia Civil, como os deputados Mário Palumbo e Paulo Reis, criticaram a postura do governador. Eles ressaltaram a necessidade de mobilização e unidade para garantir os direitos da categoria. Reis fez referência a protestos passados, onde a mobilização se mostrou eficaz, enfatizando que, para ser ouvido, é preciso agir.
Conclusão
O ato público dos policiais civis em São Paulo evidencia a crescente insatisfação com a gestão atual e a urgência de um diálogo aberto entre o governo e a corporação. À medida que as discussões sobre a nova lei orgânica avançam, a pressão por melhorias nas condições de trabalho e valorização salarial se intensifica, refletindo a luta por justiça e reconhecimento profissional
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